(*) Geraldo de Majella
Junho é o mês mais importante de 2014. É
o mês que influencia o calendário dos próximos anos no Brasil.
Junho é o mês em que os partidos
políticos – até o dia 30 – têm de realizar as convenções que irão escolher ou homologar
as candidaturas em todos os níveis: presidente da República, governador,
senador, deputado federal e estadual.
Junho, também, é o mês decisivo para a
seleção brasileira de futebol, que na visão do escritor Nelson Rodrigues, era a
“pátria de chuteiras”.
É
obrigatório, no olhar da nação brasileira, a chegada da seleção às finais e a conquista
do tão almejado hexacampeonato de futebol.
Há
uma divisão entre os que afirmam ser a Copa do mundo um instrumento de
favorecimento do governo Dilma Rousseff. E há outros, entre os quais me incluo,
que acham que a Copa do mundo é um evento importante, mas não terá a força de
mudar os rumos das candidaturas − nem a governamental, nem as de oposição.
O
futebol é uma paixão nacional. Nada no Brasil é tão emblemático quanto a
identificação do brasileiro com o futebol.
Os
ganhos alcançados com a realização da Copa do mundo de futebol no Brasil têm
sido o sentimento de reivindicação dos brasileiros por melhorias nos serviços
públicos, tidos pelos que deles se utilizam – a maioria da população – como
muito ruins e, em alguns casos, imprestáveis.
Esse
é um dos maiores ganhos dessa ópera-bufa em matéria de organização e
planejamento.
(*) Historiador
Nenhum comentário:
Postar um comentário