domingo, 15 de junho de 2014

Padrão FIFA


 
(*) Geraldo de Majella

Meus amigos e minhas amigas do facebuque, assisti o jogo Brasil 3 x 1 Croácia (dia 12/6). Me chamou a atenção, antes e durante o jogo, as tomadas que as câmeras fizeram  das arquibancadas, procurei um negro e não encontrei. Negro, negro mesmo, só em campo, eram os jogadores brasileiros, óbvio.

O Brasil é a maior nação negra do planeta e o maior espetáculo da terra, a Copa do mundo de futebol, realizada no país, negro é barrado, não pela polícia mas, pelos altos preços que atuaram como detectores de pobres e de negros. Não é necessário dizer que a maior parte dos pobres brasileiros é constituída de negros. Daí, negrão na arquibancada só quando estavam construindo o Itaquerão e os outros estádios.

Esse é o padrão FIFA.  
(*) Historiador

domingo, 8 de junho de 2014

Junho, mês de Copa e convenções




(*) Geraldo de Majella

        Junho é o mês mais importante de 2014. É o mês que influencia o calendário dos próximos anos no Brasil.

        Junho é o mês em que os partidos políticos – até o dia 30 – têm de realizar as convenções que irão escolher ou homologar as candidaturas em todos os níveis: presidente da República, governador, senador, deputado federal e estadual.

        Junho, também, é o mês decisivo para a seleção brasileira de futebol, que na visão do escritor Nelson Rodrigues, era a “pátria de chuteiras”.

É obrigatório, no olhar da nação brasileira, a chegada da seleção às finais e a conquista do tão almejado hexacampeonato de futebol.

Há uma divisão entre os que afirmam ser a Copa do mundo um instrumento de favorecimento do governo Dilma Rousseff. E há outros, entre os quais me incluo, que acham que a Copa do mundo é um evento importante, mas não terá a força de mudar os rumos das candidaturas − nem a governamental, nem as de oposição.

O futebol é uma paixão nacional. Nada no Brasil é tão emblemático quanto a identificação do brasileiro com o futebol.

Os ganhos alcançados com a realização da Copa do mundo de futebol no Brasil têm sido o sentimento de reivindicação dos brasileiros por melhorias nos serviços públicos, tidos pelos que deles se utilizam – a maioria da população – como muito ruins e, em alguns casos, imprestáveis.

Esse é um dos maiores ganhos dessa ópera-bufa em matéria de organização e planejamento.   
(*) Historiador