sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Josias Marques


 


 
(*) Geraldo de Majella

 

Josias de Souza Marques (1921-1987), meu pai, foi o primeiro humanista que conheci. Levou uma vida dedicada ao trabalho como proprietário de uma pequena farmácia, atendendo a população da cidade onde nascera, Anadia (AL).

O trabalho inerente aos profissionais da saúde, os médicas(os), enfermeiras(os), durante décadas foi realizado por ele, numa época em que não havia médico residindo na cidade e esporadicamente aparecia um médico, em geral no período eleitoral.

Os partos, as vacinas, as pequenas suturas, os cuidados básicos eram feitos em sua Farmácia Socorro. Trabalhou dedicadamente, durante quase quarenta anos, sem nunca ter tirado férias. 

Aquele homem gordo, calmo, sereno e com uma cabeleira cheia, preta, bem-humorado, era um sábio interiorano. Tolerante com quem divergia das suas opiniões. Uma das melhores qualidades.

Transmitiu-me, sem o tom professoral, e sem nenhuma arrogância, ensinamentos de vida com os quais me guiei.

Hoje estaria completando 92 anos. Morreu quando tinha apenas 66 anos, no dia 5 de maio de 1987.

 

(*) Historiador  

 

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