sábado, 12 de junho de 2010


No centro a Catedral de Londrina

Visão panoramica de Londrina em 1977
Geraldo de Majella

Marco Antonio Galante nasceu em Londrina, norte do Paraná, em 1958, cidade onde passou a infância e adolescência. Adolescente, trabalhou como comerciário, pouco tempo antes de entrar por concurso público para o Banco do Brasil. Durante quinze anos foi um dedicado funcionário do BB; trabalhou em Sinop, cidade do Mato Grosso, na fronteira com o Pará, foi transferido para Sorocaba, no interior paulista, voltou para o Centro-Oeste, foi para Corumbá no Mato Grosso do Sul, fronteira do Brasil com a Bolívia.

Levava uma vida assemelhada à de cigano, mudando de cidade em cidade. Exerceu várias funções no banco. Mas, em 1990, conheceu Maceió e outras cidades do litoral alagoano durante as férias. O casal Marcão e Cláudia – ela também funcionária do Banco do Brasil − voltou apaixonado pela cidade. Um pensamento passou a atrair o casal: morar em Maceió. O mar, o sol e a vida tranquila eram possibilidades reais de uma mudança na vida para ambos, que viviam cansados do interior do Brasil.

Deixar o Banco do Brasil era um plano que se concretizaria pouco tempo depois da transferência para Maceió. Montar uma casa de massas era a ideia que o perseguia.

Sua experiência anterior ao Mamma Mia era apenas como um bom garfo. Comer macarrão e as deliciosas massas feitas pela sua Nona [avó] nos almoços dos domingos em Londrina, nada mais que isso. Os avós paternos eram originários da província de Rovigo, na região de Vêneto, e chegaram ao Brasil no início do século XX.

A casa de massa Mamma Mia foi montada com a ajuda de um amigo que tinha experiência e deu uma mãozinha na compra dos equipamentos. Em três meses os funcionários foram treinados e a casa de massas, que funcionou inicialmente na Pajuçara, abriu ao público e passou a ser um ponto de encontro de bancários, sindicalistas, advogados, glutões em geral.

Esse descendente de italiano, que fala pelos cotovelos, gesticula − característica dos italianos −, torcedor fanático do Flamengo e do piloto Nelson Piquet, não quer trabalhar em mais nada que não seja na atividade que abraçou de corpo e alma: a casa de massas.

Desde 2009 se mudou para a avenida Amélia Rosa e se associou à sorveteria Bali, a melhor da cidade. Os clientes agora podem se deliciar com massas caseiras como prato principal e tomar sorvete na sobremesa.

Os principais restaurantes, buffets e barracas de praia de Maceió são seus clientes. Os pastéis, salgadinhos e massas produzidos no Mamma Mia são degustados em muitas outras casas da cidade.

Marcão é bem-humorado, conversa com os clientes, mas trata a sua atividade com profissionalismo. Ao decidir montar uma casa de massas, treinou os funcionários – a maioria deles vem desde o início − e instalou a cozinha dentro dos padrões exigidos pela Vigilância Sanitária e pelo Corpo de Bombeiros.

O Mamma Mia tem uma cozinha comandada por dois craques, os chefes Reinaldo Damião e Vera [Verinha] de Lira, que se revezam durante os três turnos de trabalho.

Já que estamos falando de comida, só resta dizer, sem perda de tempo:
− Marcão, um talharim à bolonhesa, dois pastéis e uma cerveja geladíssimaaaaa!!!



Onde fica:

Mamma Mia
Avenida Amélia Rosa, 1004
Jatiúca – Maceió – Alagoas
Fone: 3327-4553

Um comentário:

  1. Bela crônica da vida citatina meu caro Majella,só faltou o Puluca.Abraço. Marcilio barros

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