A Avenida Amélia Rosa tem se transformado na área mais procurada de Maceió, é o point da boemia. Em toda a extensão da avenida – cerca de 1,2 km − o que predomina são bares e restaurantes. A vida boêmia que havia na avenida e seu entorno está cada vez mais agitada.
Alguns motivos são apontados como fatores de tais mudanças; a expansão imobiliária é um deles. A consequência é o crescimento do setor de serviços, pois estão sendo atraídos para a região lojas, lanchonetes, restaurantes, bares, padarias, sorveterias etc.
O número de bares com música ao vivo tem crescido e com isso aumenta a concorrência. Os músicos da noite veem crescer o mercado de trabalho. Os estilos e gêneros são variados: samba, pagode, chorinho no final de tarde − no happy hour –, seguindo pela noite; há também o velho e bom rock and roll e a MPB.
O público que antes frequentava as barracas de praias tem vindo para as noites, não só nos finais de semanas, mas em todos os dias da semana.
Essas transformações vêm ocorrendo não tão devagar como pode parecer. O público tem sido atraído também pelos ambientes mais sofisticados, podemos assim dizer, mas há muitos outros botequins onde a cachaça e os tira-gostos populares são servidos e nem por isso a frequência é menor.
A cachaça é a bebida mais antiga que conhecemos, mas no entanto recai sobre essa tão popular bebida um terrível preconceito social e econômico: nos bares da moda, por exemplo, não se encontra nos cardápios a aguardente. Deve-se isso à associação feita preconceituosamente de que cachaça é bebida dos pobres, portanto barata.
Motivo “suficiente” para excluir a bebida mais popular do Brasil de cardápios e mesas pretensamente sofisticadas. O Botequim Paulista é um dos estabelecimentos do Baixo Jatiúca onde é servida a cachaça com tira-gostos de picles, cebolinhas em conserva, azeitona, charque.
O Bar do Camarão é um dos mais antigos em funcionamento no bairro. Funciona durante as manhãs e tardes, se mantém fiel ao horário e não abre mão das poucas mesas na calçada. A cachaça é o seu carro-chefe, além dos tira-gostos, que são recomendados para os que não têm restrições alimentares: caldinhos de dobradinha, feijoada, peixe, mocotó, feijão caseiro com charque, farinha, pimenta malagueta.
A simpatia do proprietário é uma das chaves do sucesso e da longevidade do bar. Os clientes, muitos deles, se tornaram em velhos amigos que com o passar do tempo também aumentam as cruzes no sangue. E como diz o ditado popular, tornam-se efetivamente amigos de copo e de cruz.
O bode é um animal resistente à seca, vive no semiárido nordestino, tem uma carne saborosa, sendo a base da alimentação do sertanejo. Em Maceió são poucos os bares e restaurantes que o têm em seus cardápios, e para o apreciador de caprinos que desejar saboreá-lo o local mais indicado é o Bode’s Bar. É servido como tira-gosto e como prato para almoço e jantar.
O corte da carne é feito de maneira diferenciada. É comum no sertão de Alagoas comer bode guisado, assado na brasa, no forno a lenha, mas no Bode’s Bar é servido o filé de bode; trata-se de um corte pouco usado em Alagoas, por isso mesmo este bar se tornou um local agradável para os que gostam desse tipo de iguaria.
Maceió é banhada pelo mar e por uma lagoa, a Mundaú. Os manguezais são os berços dos crustáceos. Os mangues são plasticamente belos, fontes de vida e proteínas, mas faz algum tempo esses lugares fantásticos estão sofrendo ataques de predadores que vão decretando o fim dessas saborosas espécies. Os que apreciam caranguejos são obrigados a ir para bares e restaurantes mais distantes, quando não tem de ir até Marechal Deodoro.
O movimento inverso foi feito pelo Flávio, antigo professor de português do Marista, que ao se aposentar abriu um restaurante em Massagueira, distrito de Marechal Deodoro. Hoje, o Caranguejola é um dos bares do Baixo Jatiúca especializado em crustáceos.
A Companhia da Lagosta é um cantinho de muito bom gosto e boa cozinha, onde os frutos do mar são as melhores opções na noite em Jatiúca. A origem da Cia. da Lagosta é na Vila de Taipa da belíssima Japaratinga, no litoral norte de Alagoas.
Esses três cantinhos − o Bode’s, o Caranguejola e a Companhia da Lagosta − fogem do lugar-comum, pois os pratos são mais ou menos parecidos entre os tantos bares que existem na Avenida Amélia Rosa e em seu entorno.
O Botequim Amélia Rosa é o local na avenida onde a moçada vai dançar pagode entre as mesas. O espaço é pequeno, e o ritmo do pagode fica mais aconchegante para um bate-coxa no final de tarde ou noite adentro. Os petiscos são os comuns a todos os bares da cidade. Talvez o Botequim Amélia Rosa leve vantagem em relação aos outros por ficar protegido pelas orações dos fiéis da igreja do Espírito Santo, que fica ao lado.
O Escritório e o Red Blue são vizinhos e não diferem basicamente um do outro. O Engenho Massayó vem tentando se diferenciar dos demais. Abriu os microfones para jovens cantores que têm se apresentado num pequeno palco disponível; é um novo espaço que tem atraído alguns grupos de jovens cantores da noite que tocam e cantam rock and roll e música popular brasileira.
Maria das Graças Novaes transformou a sua casa no Bar da Gal. É um espaço bastante simples, um botequim no melhor estilo, com mesas e cadeiras na calçada.
Quando lota, os clientes ocupam a rua e o samba rola solto. Às sextas e sábados, sambistas aparecem e dão canja, para a alegria dos frequentadores. A Gal, com a sua simpatia, é a mãezona, e como diz Paulinho da Viola: “A toda hora rola uma estória/ A que é preciso estar atento/ A todo instante rola um movimento/ Que muda o rumo dos ventos [...]” .
A Alagoana é um projeto arrojado, com cara e alma de choperia paulista. Não existe diferença entre A Alagoana e as tantas que há nos bairros de Vila Madalena, Pinheiros, em São Paulo. A diferença é a proximidade da praia, pois está localizada no Baixo Jatiúca. A decoração faz-se com fotografias antigas, de artistas, clubes de futebol, motocicletas antigas, uma televisão ligada permanentemente exibindo filmes de Charles Chaplin, documentários sobre surf, faroestes e o cinema nacional representado pelo humor do grande ator Amácio Mazzaropi.
O Baixo Jatiuca é um dos territórios da boêmia e da gastronomia em Maceió.
Para completar a catastrófica situação o PT lançou como candidato o Presidente da CUT Izac, ligado ao Dep. Paulão, ora, a quem interessa a derrota do Jdson, ao PT, a parcela do PT, ao Paulão, bom acredito que a hora é de otimizar os recursos e os votos, acho que devemos nós, eleitores e admiradores do PT pregar o voto útil, e todos nós passarmos a fazer campanha e votar no companheiro Judson Cabral.
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