Teotônio Brandão Vilela nasceu em Viçosa-AL no dia 29 de maio de 1917 e
morreu em Maceió-AL no dia 27 de novembro de 1983. Empresário, escritor,
político e boêmio, exerceu os cargos públicos no Poder Legislativo, foi
deputado estadual e senador, e no Poder Executivo foi vice-governador de
Alagoas. Em pouco mais de trinta anos de vida política esteve filiado a três
partidos políticos: UDN, Arena e MDB, depois PMDB. Teotônio Vilela como
deputado estadual pela UDN foi defensor do impeachment
do governador Sebastião Marinho Muniz Falcão.
O deputado Teotônio Vilela foi uma raridade no cenário político da segunda
metade do século XX, apresentando na Assembleia Legislativa vários projetos,
sendo, o mais significativo deles, o Operação Alagoas. Um dos traços mais
importantes da sua carreira parlamentar foi a vontade em estudar a realidade
local e nacional e apresentar projetos consistentes e viáveis.
No Senado federal apresentou alguns grandes projetos: o Projeto Brasil, o
Projeto Emergência, e trabalhou incansavelmente como presidente da Comissão
Mista do Congresso Nacional na Lei da Anistia para os presos e perseguidos
políticos. Rompeu com a Arena e filiou-se ao MDB no dia 25 de abril de 1979.
Teotônio Vilela é um caso raro de autocrítica na prática de um político
brasileiro com origem na elite econômica. Em discurso no antigo Clube Português
de Alagoas, em 1980, diante de um auditório lotado de estudantes,
trabalhadores, profissionais liberais, dividindo a mesa com o ex-governador
Miguel Arraes, em alto e bom som se desculpou por ter participado do golpe
militar em 1964. O nome de Teotônio Vilela é um marco na história nacional.
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