segunda-feira, 10 de junho de 2013

Resistência à ditadura em Alagoas III



 

     
  O deputado Marcelo Cerqueira e o senador Teotônio Vilela saindo de um dos presídios no rio de Janeiro em 1979.
 
Teotônio Brandão Vilela nasceu em Viçosa-AL no dia 29 de maio de 1917 e morreu em Maceió-AL no dia 27 de novembro de 1983. Empresário, escritor, político e boêmio, exerceu os cargos públicos no Poder Legislativo, foi deputado estadual e senador, e no Poder Executivo foi vice-governador de Alagoas. Em pouco mais de trinta anos de vida política esteve filiado a três partidos políticos: UDN, Arena e MDB, depois PMDB. Teotônio Vilela como deputado estadual pela UDN foi defensor do impeachment do governador Sebastião Marinho Muniz Falcão.
 
O deputado Teotônio Vilela foi uma raridade no cenário político da segunda metade do século XX, apresentando na Assembleia Legislativa vários projetos, sendo, o mais significativo deles, o Operação Alagoas. Um dos traços mais importantes da sua carreira parlamentar foi a vontade em estudar a realidade local e nacional e apresentar projetos consistentes e viáveis.
 
No Senado federal apresentou alguns grandes projetos: o Projeto Brasil, o Projeto Emergência, e trabalhou incansavelmente como presidente da Comissão Mista do Congresso Nacional na Lei da Anistia para os presos e perseguidos políticos. Rompeu com a Arena e filiou-se ao MDB no dia 25 de abril de 1979.
 
Teotônio Vilela é um caso raro de autocrítica na prática de um político brasileiro com origem na elite econômica. Em discurso no antigo Clube Português de Alagoas, em 1980, diante de um auditório lotado de estudantes, trabalhadores, profissionais liberais, dividindo a mesa com o ex-governador Miguel Arraes, em alto e bom som se desculpou por ter participado do golpe militar em 1964. O nome de Teotônio Vilela é um marco na história nacional.
 

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